segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

REFLEXÕES, por falta de idéia melhor e imperiosa coerência....rs....

Aderir à visão cultural pós-moderna, com todo o seu conteúdo contracultural (que eu gosto de chamar de "neo-romântico", por entendê-lo como uma versão reformada e progressista do romantismo burguês cristão formulado, principalmente, por Russeau, a partir do séc.XVIII) ou repudiá-la, permanecendo com os dois pés bem firmes na visão romântica tradicional, com todas as restrições morais em voga num passado recente, anterior à década de 60???

Eis a questão???

Pra mim, sem dúvida, SIM!

Tal questinamento, tem sido (certamente, para a surpresa - e até mesmo choque - de muitos) o núcleo fundamental da minha existência e drama interior, desde que deixei de ser criança e comecei a "adultecer"....hehehe....(há quem diga que a raiz da palavra adulto remete ao vocábulo adulterar. Quem "adultece", na verdade, se adulteraria, perdendo sua feliz condição original de criança). Parece-me, interessante, mesmo.

Aos 33 anos, ainda mantenho um pé em cada canôa, tentando, angustiadamente, decidir, afinal de contas, em que barco vou realmente entrar e prosseguir, para valer, no tempo que me resta. Se é que vai dar tempo de decidir (se Deus permitir), espero decidir logo. Para tanto, porém, teria de dispor, na verdade, de muito mais tempo livre para ler e refletir sobre certas obras importantes (e fundamentais) das humanidades (desde a Grécia Antiga até os dias atuais).

Sem esse tempo disponível, por conta da luta pela sobrevivência diária (nosso ganha pão, do suor do nosso rosto, para atender às necessidades do corpo físico) a tarefa se torna praticamente impossível, se concebida dessa maneira.

Só restaria, nessas reais e tristes circunstâncias limitadoras, um decisão menos teórica e racionalmente embasada, um tipo de salto no escuro - mais com o coração - que, pra mim, entretanto, parece muito assustador, pois implicaria uma perda de controle considerável (aquele controle próprio do exercício do pensamento, de nossas REFLEXÕES).

Enquanto isso, o tempo vai passando, na velocidade da luz, sem que eu perceba e eu continuo, angustiadamente, e, entre outras coisas, com ajuda da psicanálise, REFLETINDO e tentando, realmente, decidir, por uma visão de mundo e de vida mais bem definida e melhor selecionada. Pelo menos o suficiente, para seguir, menos angustiado.

OBS: Esclareço que, quanto à fé cristã, já me decidi. A questão é mais delicada: decidir por que tipo de abordagem, interpretação e exercício da fé cristã, considerando as Escrituras, as escrituras (obras fundamentais da cultura humana) e as minhas circunstâncias pessoais e particularidades individuais??? Eis a questão!!!....hehehe

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