segunda-feira, 11 de maio de 2009

PÓS-MODERNIDADE

Aqui vai uma síntese de uma palestra do Café Filosófico da Cultura, dada por Luis Felipe Pondé, filósofo e colunista da Ilustrada (Folha de SP), a respeito de pós-modernidade, com muitas referências, principalmente, ao pensamento de Zygmund Bauman, sociólogo contemporâneio. Vale postar, para consolidar minha apendizagem e divulgar o trabalho destes ilustres pensadores (é redistribuição de informação!)

1 - Pré-moderno: Deus...finalidade

2 - Moderno: a partir de 1500.d.c. - Deus decorre apenas de circunstâncias de pobreza, violência ou - (Nietsche) covardia para encarar a falta de sentido da vida que leva à criação de mitos religiosos, como o do amor incondicional, p.ex...

-ciência, razão, ordem administrada, agenda, trabalho, dinheiro, sobrevivência...

- contexto histórico: mercantilismo, reforma protestante, iluminismo, revoluções burguesas (Industrial, Francesa e Independência USA)

3 - Pós-Moderno: o amor incondicional é um valor cultural relativo que pode ou não se aplicar atualmente (ex: mãe que descobre que não ama seu filho incondicionalmente, pois, na verdade, este a atrapalhou muito na sua vida pessoal etc...)

A razão começa a andar em círculos, tentando morder o próprio rabo....como já pensado pelos céticos, sofistas (paroxia absoluta), como na imagem: eu mesmo me puxando pelos cabelos, tentando me salvar da areia movediça ou afogamento....flerta com o cinismo....

Retoma-se certas tradições que remetem ao pré-moderno, “pero no mucho”:

- critica-se a ciência, mas não se abre mão das tecnologias que ela produz...ex: engenharia /programação genética;

- volta-se à espiritualidade, mas ao budismo e não ao cristianismo (aí já é demais!), mas, mesmo o budismo, tem de ser diet, “ocidentalizado”, filtrado, pois puro e autêntico é muito difícil, sofrível....sacrificante ou sem graça, monótono...;

- viaja-se para a casa de campo, para a natureza, mas leva-se o DVD player ou o notebook com internet, pra não ficar no silêncio e no isolamento completo....com a natureza.

O único valor moderno que realmente não foi atingido e resta intacto (na falta de maiores anseios, objetivos ou visões humanas) é a LEI da LÓGICA do MERCADO, à qual todos devem obedecer(TOTALITARISMO MERCADOLÓGICO que a todos sujeita, IMPONDO A CULTURA GLOBAL DO CONSUMISMO, como via indispensável para a satisfação ou bem estar subjetivos individual e coletivos)....fora isso, há plena liberdade....uma liberdade plena e angustiante...desestruturadora de padrões tradiconais de relacionamentos e das noções apreendidas sobre os papéis e atuações específicas de cada parte da relação....(feminismo, crise do macho...), perde-se a clareza sobre o bem e o mal, não se sabe mais pra onde se quer ir ou quais sãos os objetivos, o sentido....

Descobrir quem se é: não se é nada, apenas se está, de acordo com aquilo que foi absorvido e vai aborvendo do meio cultural em que se vive...do aprendizado...constante e mutante....(este blogueiro recomenda a banda Mutantes e os Mutantes da HQ, também em versão Sétima Arte: "X-Men")

Não se confia mais plenamente no amor e na pessoa amada, afinal, nenhuma mercadoria é plenamente confiável...(direito do consumidor)

Frankstein; "1984", Admirável Mundo Novo, Blade Runner, Gattaca, Matrix...eugenia vem aí...(talvez seja a solução de seus problemas...como diria Dra.Silvana, nos anos 80...tsc...tsc...

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